sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Instituto Cravo Albin

Olá!


Esse meu dia começou inspirado. Parti em direção a Urca, um dos bairros que, a meu ver, tem um clima totalmente extra-Rio: é um bairro lindo, com prédios ainda baixos e antigos, dá uma sensação de Rio antigo. Quando entro lá, me sinto entrando um pouco na década de 30 e 40 do Rio de Janeiro... Sem falar na vista que você tem de lá - de um lado, a baía de Guanabara; do outro, a melhor vista do Pão de Açúcar!


Comecei meu dia pelo Instituto Cravo Albin, do qual eu já tinha ouvido falar, mas não sabia muito bem o que era, só que tinha alguma ligação com a música brasileira. O instituto fica num prédio antigo (como não poderia ser diferente!) e muito charmoso ao lado do boteco Belmonte, bem no meio da Urca.


Quando cheguei, toquei o interfone e me orientaram a pegar o elevador até o quarto andar - eu havia marcado uma visita guiada com a Eduarda, por sinal uma menina mega simpática, super recomendo! Ela me deixou super à vontade, falou para eu deixar a minha bolsa sobre a mesa e levar comigo o que quisesse, como câmera e tal.


Ela começou a visita pelo acervo de material ligado à música popular brasileira. O instituto possui livros, vídeos, LPs - achei incrível a quantidade de material! Para quem precisa fazer algum trabalho sobre esse assunto, vale muito a pena dar uma passada lá. Em seguida, ela me mostrou os troféus e quadros de artistas brasileiros nas paredes do Instituto, material doado pelos próprios artistas que os receberam muitas vezes.

Logo depois, a Eduarda me contou um pouco da história do Instituto, que é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que busca ajudar na pesquisa, reflexão e promoção das fontes que alimentam a cultura, particularmente a música brasileira. Apesar de, eventualmente, até receberem material não ligado à música brasileira, o foco e a vocação do instituto é mesmo música brasileira. O Instituto carrega o nome do seu idealizador e presidente, Ricardo Cravo Albin, que busca preservar a história da música brasileira, evitando que itens pertencentes a coleções ou bens pessoais se percam ao passar de geração para geração.

Prosseguimos pra uma outra sala onde ela me mostrou algumas relíquias: uma sandália de Carmen Miranda, um chapéu doado por Gonzaguinha, uma sanfona de Luiz Gonzaga da década de 70. Depois ela me mostrou como fazem para limpar os LPs que recebem, achei mais interessante do que parece...


Continuando com a visita, subimos para o andar seguinte e foi quando tive a sensação que estava entrando em algum lugar do passado. Dei de cara com uma sala cheia de rádios antigos, vitrolas e - o mais incrível - estúdio de uma rádio. Ela me disse que tudo ali veio da rádio Mairink Veiga e do Cassino da Urca, que por sinal é pertinho dali. Achei tudo incrível! E a Eduarda ainda tirou uma foto minha no meio do estúdio. Depois vimos outros itens na sala e em uma varanda que, aliás, tinha uma vista linda da Urca. Se quiser mais informações sobre essa época dos cassinos e da rádio, pode encontrar aqui neste site; já se o futuro do cassino da Urca te interessa mais veja aqui neste site.


Subindo mais um pouco, chegamos num outro patamar do Instituto que é um espaço aberto muito bonito. Lá tem até uma pequena piscina e uma vista pela qual fiquei apaixonada, pois as árvores acabaram encobrindo um pouco a paisagem e pude ver um coração em volta de tudo - ficou parecendo uma moldura para aquela obra prima. Será que é culpa do meu amor por esta cidade?


Em seguida, ela me levou a um outro ambiente fechado em que havia uma exposição sobre o André Midani e a indústria do disco. No caminho para este ambiente, uma escada com várias homenagens a músicos como Roberto Menescal, Marcos Valle e João Bosco, entre outros, que fizeram apresentações no instituto. Chegando à exposição, ganhei um folheto com a história sobre o Midani e a Eduarda me pediu para assinar o livro de presença na saída.


Achei a história do Midani muito interessante: ele nasceu na Síria, mas foi morar na França aos três anos de idade e, por causa da guerra da Argélia, ele pegou o primeiro navio que apareceu e veio para o Rio de Janeiro, onde começou sua carreira na música ligando para a Odeon Records; como não tinha fluência no português, acabou tendo sua ligação transferida para a sala da presidência e, inacreditavelmente, conseguiu agendar uma reunião e, numa mistura de sorte com competência, saiu de lá já empregado.


Isso me fez até lembrar um pouco daquelas histórias de filmes americanos que não acreditamos que possam acontecer na vida real. E o mais legal foi saber que ele foi mega importante no lançamento da bossa nova, como música para a juventude, algo que não existia no Brasil ainda – depois, ele ainda se dedicou ao rock nacional. Fiquei até com curiosidade de saber mais sobre ele, e assim que puder vou ler o livro dele, que já achei em um site - tenho certeza que daqui a pouco vai virar filme!


Na saída, assinei o livro de presença e ela me avisou que a exposição vai terminar em meados de fevereiro – ainda não tinha informações sobre a nova exposição...fiquei com vontade de voltar lá mês que vem pra conferir a nova exposição. Ah...eles ainda fazem alguns eventos lá de música. E se você quiser usar o espaço para o seu evento, também é possível alugar.

Beijins e bom passeio,
Tati.


Ficha Cadastral:
Local:  Instituto Cravo Albin
Data da Visita: 05/02/2014
Endereço: Avenida São Sebastião, 2 - Urca. 
Telefone: (21) 2295-2532 / 2542-0848
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Botafogo, pegar o ônibus integração que vai para a Urca ou qualquer ônibus que passe pela Avenida São Sebastião – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de segunda à sexta, de 9h às 16h; sábado e domingo fica fechado.
Visita Guiada: toda visita é guiada, a Eduarda atende aos visitantes.
Preço da Entrada: é gratuito, só é importante ligar antes para agendar a visita.
Banheiros/bebedouros: existe banheiro, e se você pedir água tem também - e bem geladinha.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui café, nem restaurante, nem loja de conveniência.
Acessibilidade: não tem, pois apesar de o prédio ter elevador, antes você precisa passar por uma escada estreita. Além disto, o instituto tem vários andares, todos ligados por escadas, já que o prédio é antigo.
Áudio guia: não possui. Porém a Eduarda fala inglês e espanhol também.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: possui guarda-volumes, mas você pode deixar seu material em cima da mesa para pesquisas sem problemas.
Duração recomendada para a visita: Passei em torno de 1 hora lá dentro.
Estacionamento: apenas nas ruas ao redor ou na praça General Tibúrcio (mas neste caso será necessário uma caminha de uns 20 minutos)
Máquina fotográfica: pode fotografar sem flash.
Ar condicionado: apenas na primeira parte, onde está o arquivo, mas o local é bem fresco, pois tem muito espaço aberto.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas ou Museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro

Olá!



Após a visita ao Memorial Municipal Getúlio Vargas, almocei e segui em direção ao Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas, o museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.



Para chegar lá, peguei o elevador do plano inclinado do Outeiro da Glória, que fica de frente para a Praça onde se encontra o Memorial. Assim o elevador foi subindo, e eu ficando cada vez mais admirada com a vista que se abria diante de mim...e ficando boba, claro, pois sou fascinada por essa cidade e pelas paisagens que ela nos proporciona quando menos esperamos.



Quando cheguei, vi que o museu estava fechado e um senhor me informou que o rapaz que cuidava do museu estava na igreja, então aproveitei e dei um pulo na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Apesar de pequena por dentro, ela é muito charmosa, tem uns desenhos lindos nas laterais. Eu já tinha ido a um casamento lá, mas, como a igreja estava cheia, nem pude contemplar sua beleza - desta vez, foi mais tranquilo, pude sentar, rezar e sentir um pouco de sua energia e beleza. Acabei tirando algumas fotos para mostrar aqui.




Logo depois, comecei a visita ao museu. Chegando lá, paguei a entrada, recebi o folheto e vi que o museu era bem pequeno, mas com algumas coisas bem interessantes – por exemplo, o título de Imperial que a Irmandade recebeu no Segundo Império. Foi legal saber que outras igrejas também receberam este título, porém a única que o manteve até hoje foi a igreja do Outeiro da Glória, mesmo tendo sofrido hostilidades em vários momentos.

Outros itens interessantes e de grande valor histórico que podem ser vistos lá são: notas fiscais de compras para eventos da irmandade de alguns séculos atrás, lindos por sinal, tão diferentes das notas fiscais de hoje; termo de posse da segunda imperatriz Amélia, em 1829, com título de Protetora Perpétua da irmandade; a comunicação do falecimento da Princesa Dona Isabel na França, pelo Conde D’Eu; jornais de Portugal sobre o falecimento de Dom Pedro II; certidão de óbito e convite para as exéquias; além de quadros do Rio antigo; vestimentas religiosas de época e até jóias imperiais.



O rapaz que me atendeu no museu, o Max, que também pode ser seu guia (logo que cheguei ele disse que, tendo qualquer dúvida, era só perguntar), me contou muitas histórias sobre a irmandade. Dentre elas, destaco aquela sobre sua fundação: apesar de ainda hoje muitos acreditarem na lenda de que D. João VI foi seu criador, ele me disse que, na realidade, a irmandade começou antes, com pessoas comuns que se uniram ao redor de uma pequena capela construída por Antonio Caminha à Virgem no Outeiro. Depois de muitas dificuldades, eles conseguiram a terra para a construção do que viria a ser a igreja e a irmandade – e nada de extraordinário aconteceu até que o príncipe regente D. João, entre tantas igrejas do Rio, optou pela igreja do Outeiro da Glória, pela grande devoção à Virgem da Glória. Até o questionei quanto às igrejas que ficavam na Praça XV e ele me argumentou que aquelas igrejas seriam, por assim dizer, as igrejas da razão, enquanto a do Outeiro seria a do coração. E essa ligação da igreja com os membros da família imperial persiste até hoje, na realização dos casamentos, batizados, missas e comemorações de aniversários da família.



Ele também me contou sobre os dias atuais da irmandade: um dos últimos a se tornar irmão foi o atual secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório. Hildegard Angel também faz parte da irmandade. Ele me contou ainda que, pra fazer parte, você tem de ser convidado por alguém da irmandade e tem de pagar uma taxa anual.



Assim, posso dizer que o passeio é legal - principalmente se você puder juntar o conhecimento de mais um pouco da história do Rio com a vista que você tem lá de cima do Outeiro. Na volta, resolvi descer a Ladeira da Glória ao invés de descer o elevador do Plano Inclinado, pois, como diz a minha avó, “para baixo todo Santo ajuda, para cima é que a coisa muda”, né?

Beijins e bom passeio,
Tati.


Ficha Cadastral:
Local:  Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas ou museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Data da Visita: 04/02/2014
Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135 - Térreo – Glória. 
Telefone: (21)2557-4600/(21)2225-2869/(21)2265-9236
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Glória ou qualquer ônibus que passe pela Praça Luís de Camões ou até mesmo pela Rua do Russel – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de terça à sexta, de 9h às 12h e de 13h às 17h; sábado e domingo, de 9h às 12h; segunda fica fechado.
Visita Guiada: pode conversar com o Max que ele te auxilia na visita.
Preço da Entrada: R$ 2,00
Banheiros/bebedouros: banheiro, você encontra um na sala ao lado do museu; bebedouro, me disseram que fica atrás da casa, porém não consegui encontrar.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui café e nem restaurante; com relação à loja, tem uma cristaleira no corredor que dá pro museu com alguns itens à venda, como medalhas, postais, chaveiros e fitinhas de nossa sra. da Glória.
Acessibilidade: limitada, o elevador do Plano Inclinado do Outeiro da Glória é acessível a pessoas com dificuldade de mobilidade, porém a rua é de paralelepípedo, o que torna mais difícil o acesso, além de um degrau entre a rua e o chão do prédio que dá acesso ao museu, que fica no térreo.
Áudio guia: Max fala inglês.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não tem guarda-volumes, até porque você pode entrar com tudo que estiver carregando.
Duração recomendada para a visita: Passei em torno de 1 hora lá dentro.
Estacionamento: não possui, mas existe estacionamentos no entorno da praça e na Rua do Russel, onde está localizada a ONG Viva Rio.
Máquina fotográfica: não pode fotografar lá dentro. As fotos internas do museu que estão blog foram enviadas pelo Max.
Ar condicionado: tem, e funciona na medida.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Memorial Municipal Getúlio Vargas

Olá!



A semana passada foi bastante agitada, conheci vários lugares novos. Vamos então ao primeiro deles, o Memorial Municipal Getúlio Vargas. Saí de casa rumo à estação Glória, que é bem sinalizada: logo identifiquei para que lado eu deveria ir para chegar ao meu destino. Assim fui em direção à Rua do Russel, que é onde está a ONG Viva Rio.


Logo que saí da estação, encontrei um senhorzinho carregando suas compras e perguntei para onde ficava o memorial; ele me disse que era só segui-lo e, de fato, basta seguir à esquerda em direção à Praça Luís de Camões. Fomos conversando e ele disse que morava há 25 anos ali, em frente ao Memorial, mas só tinha ido 2 vezes lá. Falei com ele que isso é algo super normal, até porque temos a tendência de achar que sempre poderemos ir a lugares próximos, já que está e sempre estará ao nosso alcance...mas ae vamos deixando até que um dia, lá na frente, percebemos que não aproveitamos suficientemente o que é nosso. Viajamos tanto para conhecer o que é dos outros, mas o nosso mesmo fica esquecido...



O memorial é simples, porém bem interessante. Por ser uma homenagem, tudo busca retratar Getúlio como um grande político - não pretendo entrar no mérito se realmente ele foi ou não, mas achei legal poder ver um pouco da história de nossa cidade por meio da história política de Getúlio Vargas. O memorial foi bem estruturado, possuindo grandes telas com imagens e histórias da época, tanto em inglês como em português. Foi interessante saber que, para a construção da Avenida Presidente Vargas, foram derrubadas 4 igrejas e mais de 500 prédios.



Só achei que alguns balcões redondos davam certo ar de abandono ao ambiente, pois estavam com as luzes apagadas - isso dificultava muito a leitura de alguns textos, sendo que estes eram apenas escritos em português.



O ar condicionado lá é bem fraquinho, como fui agora nesse período de calor insano, foi complicado nos primeiros 20 minutos...mas depois de um tempo já fui me acostumando.



Ah...não é preciso pagar nada, apenas assinei no livro de presença deles. O pessoal que faz a segurança é bastante simpático, me contaram que já teve um café e uma livraria lá quando perguntei sobre os livros expostos em um balcão. Contudo, quando pedi para a moça tirar uma foto minha, ela disse que não podia: por norma da empresa de segurança, eles não podem segurar nenhum objeto de visitantes. Achei legal da parte dela explicar o motivo, então rolaram apenas 'selfies' nesta visita.



No final da exposição gostei de poder ler as cartas deixadas por Getúlio, a carta testamento e a carta despedida. E também de um espaço bem no centro do memorial, que deixo pra vocês descobrirem por vocês mesmos!

Ah..não esqueçam de tirarem a foto com o busto do Getúlio que fica na praça, héin? Lá está a placa com a grande frase: "Saio da vida para entrar na história." E uma outra plaquinha menor explicando que o memorial é uma homenagem da prefeitura do Rio de Janeiro.



E por fim acabei descobrindo que as grandes telas com as histórias e fotos do Memorial podem ser encontrados no seu site, na exposição virtual, ainda que apenas em português.

Beijins e bom passeio!
Tati.

FICHA CADASTRAL: 
Data da Visita: 04/02/2014
Endereço: Praça Luís de Camões s/n. - Glória.
Telefone: (21)2557-9444/2245-7577
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Glória ou qualquer ônibus que passe pela Praça Luís de Camões ou até mesmo pela Rua do Russel – existem muitas opções, para descobrir clique aqui e o mapa do local.
Horário de Funcionamento: de terça a sábado das 10h às 17h.
Visita Guiada: não possui.
Preço da Entrada: Entrada Franca, basta apenas assinar o livro de presença.
Banheiros/bebedouros: possui banheiros muito limpos, porém não possui bebedouro.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui nenhum destes.
Acessibilidade: possui uma cadeira de rodas que auxilia os portadores de deficiências físicas na descida da escadaria de acesso. É necessário, apenas, acionar a campainha localizada a esquerda da escada.
Áudio guia: não possui.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não tem guarda-volume, até porque você pode entrar com tudo. 
Duração recomendada para a visita: Passei em torno de 1 hora lá dentro.
Estacionamento: não possui, mas existem estacionamentos no entorno da praça e na Rua do Russel, onde está localizado o Vivo Rio.
Máquina fotográfica: pode usar com flash.
Ar condicionado: tem, mas não é muito potente. No início da visita foi difícil, mas depois fui acostumando.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Museu da República - Palácio do Catete

Olá!


Antes de mais nada quero pedir desculpas pela demora em postar aqui. É que aconteceram algumas coisitas...mas vamos lá! Essa visita foi feita em duas partes. Na primeira vez, fiquei apenas ao redor do Palácio do Catete, pelos jardins, lago, gruta e cafés. Esta amostra tinha sido deliciosa, por isso estava louca para voltar lá e terminar a visita, o que fiz na semana seguinte.


O jardim do Palácio do Catete é bem cuidado e um ótimo lugar para passar um tempo, espairecer, relaxar. Lá você encontra velhinhos lendo seus jornais, pais curtindo uma brincadeira ao ar livre com seus filhos e outros apenas dando um tempo na hora do almoço. O engraçado é que, logo que cheguei, adorei aquele ambiente e descobri com a minha mãe que fui muito ali quando pequena, algo de que nem me lembrava - eu era muito pequena quando ia com ela passear nos jardins do palácio. Pensei logo: no dia que eu tiver meu filhote, vou querer fazer o mesmo, dar essa continuidade para ele, passear, brincar e correr por ali na companhia dele.


O espaço conta com um cinema para 75 pessoas. Infelizmente não deu para eu conhecê-lo, mas um dia irei...é certo! No jardim também encontrei um espaço com uma exposição gratuita. Achei interessante o tema “A fé que move”, que mostrava a peregrinação dos devotos em agradecimento por algum pedido concedido. Na entrada ainda tinha uma frase que me tocou: “Eu saio de casa sozinho, mas nunca ando sozinho”. Pensei muito nela nestes meus dias de jornada aos museus que conheço - e aos que desconheço também.


Perto do espaço desta exposição, havia um banheiro feminino e outro masculino, além de um bebedouro bem próximo ao jardim. Depois de fazer a visita a esta exposição, passei pelo café - que não tinha nenhum salgado ou doce à mostra, apenas um bolo que pareceu bem saboroso. O Café fica logo atrás da gruta, que por sinal é bem bonitinha. Resolvi subir para tirar umas fotos de cima e, enquanto estava lá quietinha, vi aparecerem alguns micos e pude observá-los pular de galho em galho. Foi uma experiência bem gostosa e relaxante!


Focando agora no interior do Palácio do Catete: é lá que se encontra o Museu da República, meu alvo principal. Na entrada, pude perceber, observando alguns estrangeiros à minha frente, que os atendentes só falam mesmo português. Não sei se são todos assim, pois vi atendentes diferentes nas duas vezes em que visitei, mas eles se esforçam e no fim deu tudo certo, até porque existem displays mostrando o valor da entrada, horário de funcionamento e maiores informações logo na porta principal do museu, em português e em inglês, e em cima do balcão sobre o áudio guia.


Como eu queria aproveitar o museu da melhor forma possível, aluguei o áudio guia por R$ 5,00 e acho que valeu muito a pena: existem informações que não estão escritas nos itens apresentados pelo museu, sendo um complemento interessante ao que é apresentado. O único problema é que muitos números estão fora da ordem da visita - alguns nem estão informados nas salas de visitação! Mas se você for seguindo com atenção, consegue encontrar os números: por exemplo, no terceiro andar, que trata das fases da República, apenas no primeiro cômodo, com a primeira fase da república, o número da exposição está ligado ao áudio guia - nos seguintes, eu fui seguindo a ordem normal e foi dando certo.


O museu é muito bonito e bem cuidado, muito material original ainda. É bem interessante você poder voltar no tempo imaginando o presidente no salão ministerial no primeiro andar, com as pastas do governo ainda em cima da mesa, ou ainda as grandes festas dadas nos grandes salões do Palácio no segundo andar, e até mesmo entrar um pouquinho no mundo de Getúlio Vargas e a história da República no terceiro andar.


No final do passeio, fui numa loja que fica no portão lateral do museu, na passagem que dá entrada ao jardim. Ali, o que encontrei de interessante ligado ao museu foi um livro de R$ 15,00, muito bom, sobre o Museu da República. Indico comprar antes de entrar no museu e levá-lo na sua visita. Tem também porta-copos do museu com uma foto antiga do mesmo, mas achei meio caro para um porta-copos tão simples: cada um por R$9,00, por isso comprei apenas um de lembrança. E tem também livros sobre o Getúlio Vargas. Se quiser, ainda é possível comprar por R$0,50 cartões postais do museu, no café próximo à bilheteria do cinema.


Ah...além disto, durante este período de janeiro, o Museu oferece colônia de férias gratuita para 50 crianças de 7 a 11 anos no período da tarde, de 13h as 17h. Para saber mais você pode clicar aqui.

Assim, posso dizer sem medo que o museu é um passeio super gostoso, mas acho que algumas coisas poderiam ser melhoradas: ao menos alguns cômodos deveriam ter ventiladores, já que o primeiro e o terceiro andares possuem alguns cômodos com janelas fechadas e sem nenhum tipo de ventilação... isso provoca uma forte sensação de calor e vi que outros visitantes também estavam sofrendo como eu.


Outro ponto que deveria ser melhorado é no quesito informações, que não acho ruim, mas poderiam estar mais bem localizados. Ao invés de ficar na porta de entrada, as informações deveriam estar no balcão onde se vai comprar os ingressos, até para facilitar a vida dos funcionários que não falam inglês. E se não tem roleta, deveria ter uma corda para algum segurança poder abrir quando o visitante apresentasse o ingresso, pois vi três estrangeiros entrando direto e a moça da recepção tentando chamá-los de volta para que pagassem a entrada. Todavia, fiquei na dúvida se estavam querendo dar uma de espertos também, já que um deles, que falava melhor português, perguntou se poderia pagar em outra moeda - me segurei para não perguntar de qual país ele era, até para saber se lá eu poderia visitar um museu e pagar em reais.


Outro ponto que poderia ser melhorado é com relação ao livro, acho que poderia ser vendido não só na loja como também na entrada do museu. Ou pelo menos colocarem fotos do livro na entrada do museu, para que o visitante saiba que ele existe e vá à loja dar uma olhada – no meu caso, só descobri a existência dele porque fui atrás e perguntei na lojinha do museu se eles vendiam alguma lembrança. O mesmo vale para os cartões postais: deveriam ficar mais próximos da entrada e da saída do museu.


E por fim o museu poderia ter um site legal também com as informações, como as exposições do momento, o que está passando no cinema do museu e outras coisas mais, como visitas guiadas e informações sobre a colônia de férias.

Mas posso dizer que me surpreendi positivamente com este museu, ele oferece amplo espaço verde e ao mesmo tempo muita história. E vi que ainda posso carregar umas lembrancinhas da minha visita pra casa...adoooooro!

Beijins,
Tati.

FICHA CADASTRAL:
Local: Museu da República
Data da Visita: 22/01/2014
Endereço: Rua do Catete, 153 - Catete.
Telefone: (21)2558-6350
Como Chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Catete ou qualquer ônibus que passe pela Rua do Catete - existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: De terça a sexta de 10h às 16h30 e sábados, domingos e feriados de 14h às 17h30 e segunda fica fechado.
Visita Guiada: não dispõe.
Preço da Entrada: R$6,00. Entrada franca ao público geral às quartas-feiras e aos domingos. Ingresso gratuito para crianças até 10 anos, maiores de 65 anos e grupos de escolas públicas, e ingresso com desconto para estudantes.
Banheiros/bebedouros: não possui dentro do museu. Possui banheiro próximo à bilheteria do cinema e nos jardins do parque.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Possui apenas cafés nos jardins e uma loja na entrada que dá acesso aos jardins, ao lado do Palácio do Catete.
Acessibilidade: não possui, é apenas acessível ao andar térreo, pois não tem elevador.
Áudio guia: possui, em português, inglês e espanhol.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: tem guarda-volumes.
Duração recomendada para a visita: hum...eu acredito que umas 2 horas para o museu em uma visita calma e mais 1 hora para o jardim, café e lojinha.
Estacionamento: não possui, mas existem estacionamentos privativos na proximidades: gEpark no Largo do Machado 54 e na Praia do Flamengo 200; e Estapar no Largo do Machado 19/21,23 e na Praia do Flamengo 154.
Maquina Fotográfica: pode usar sem flash.
Ar condicionado: não tem, o andar térreo tem alguns locais com ventilador, porém a primeira sala não tem e é bem quente; o segundo andar tem grandes janelas que ficam abertas, então é mais fresco; o terceiro andar é fresco onde é o quarto do Getúlio, mas o restante é fechado, portanto o calor também é forte.