Olá!
Após a visita ao Memorial Municipal Getúlio Vargas, almocei e segui em direção ao Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas, o museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.
Para chegar lá, peguei o elevador do plano inclinado do Outeiro da Glória, que fica de frente para a Praça onde se encontra o Memorial. Assim o elevador foi subindo, e eu ficando cada vez mais admirada com a vista que se abria diante de mim...e ficando boba, claro, pois sou fascinada por essa cidade e pelas paisagens que ela nos proporciona quando menos esperamos.
Quando cheguei, vi que o museu estava fechado e um senhor me informou que o rapaz que cuidava do museu estava na igreja, então aproveitei e dei um pulo na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Apesar de pequena por dentro, ela é muito charmosa, tem uns desenhos lindos nas laterais. Eu já tinha ido a um casamento lá, mas, como a igreja estava cheia, nem pude contemplar sua beleza - desta vez, foi mais tranquilo, pude sentar, rezar e sentir um pouco de sua energia e beleza. Acabei tirando algumas fotos para mostrar aqui.
Logo depois, comecei a visita ao museu. Chegando lá, paguei a entrada, recebi o folheto e vi que o museu era bem pequeno, mas com algumas coisas bem interessantes – por exemplo, o título de Imperial que a Irmandade recebeu no Segundo Império. Foi legal saber que outras igrejas também receberam este título, porém a única que o manteve até hoje foi a igreja do Outeiro da Glória, mesmo tendo sofrido hostilidades em vários momentos.
Outros itens interessantes e de grande valor histórico que podem ser vistos lá são: notas fiscais de compras para eventos da irmandade de alguns séculos atrás, lindos por sinal, tão diferentes das notas fiscais de hoje; termo de posse da segunda imperatriz Amélia, em 1829, com título de Protetora Perpétua da irmandade; a comunicação do falecimento da Princesa Dona Isabel na França, pelo Conde D’Eu; jornais de Portugal sobre o falecimento de Dom Pedro II; certidão de óbito e convite para as exéquias; além de quadros do Rio antigo; vestimentas religiosas de época e até jóias imperiais.
O rapaz que me atendeu no museu, o Max, que também pode ser seu guia (logo que cheguei ele disse que, tendo qualquer dúvida, era só perguntar), me contou muitas histórias sobre a irmandade. Dentre elas, destaco aquela sobre sua fundação: apesar de ainda hoje muitos acreditarem na lenda de que D. João VI foi seu criador, ele me disse que, na realidade, a irmandade começou antes, com pessoas comuns que se uniram ao redor de uma pequena capela construída por Antonio Caminha à Virgem no Outeiro. Depois de muitas dificuldades, eles conseguiram a terra para a construção do que viria a ser a igreja e a irmandade – e nada de extraordinário aconteceu até que o príncipe regente D. João, entre tantas igrejas do Rio, optou pela igreja do Outeiro da Glória, pela grande devoção à Virgem da Glória. Até o questionei quanto às igrejas que ficavam na Praça XV e ele me argumentou que aquelas igrejas seriam, por assim dizer, as igrejas da razão, enquanto a do Outeiro seria a do coração. E essa ligação da igreja com os membros da família imperial persiste até hoje, na realização dos casamentos, batizados, missas e comemorações de aniversários da família.
Ele também me contou sobre os dias atuais da irmandade: um dos últimos a se tornar irmão foi o atual secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório. Hildegard Angel também faz parte da irmandade. Ele me contou ainda que, pra fazer parte, você tem de ser convidado por alguém da irmandade e tem de pagar uma taxa anual.
Assim, posso dizer que o passeio é legal - principalmente se você puder juntar o conhecimento de mais um pouco da história do Rio com a vista que você tem lá de cima do Outeiro. Na volta, resolvi descer a Ladeira da Glória ao invés de descer o elevador do Plano Inclinado, pois, como diz a minha avó, “para baixo todo Santo ajuda, para cima é que a coisa muda”, né?
Beijins e bom passeio,
Tati.
Ficha Cadastral:
Local: Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas ou museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Data da Visita: 04/02/2014
Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135 - Térreo – Glória.
Telefone: (21)2557-4600/(21)2225-2869/(21)2265-9236
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Glória ou qualquer ônibus que passe pela Praça Luís de Camões ou até mesmo pela Rua do Russel – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de terça à sexta, de 9h às 12h e de 13h às 17h; sábado e domingo, de 9h às 12h; segunda fica fechado.
Visita Guiada: pode conversar com o Max que ele te auxilia na visita.
Preço da Entrada: R$ 2,00
Banheiros/bebedouros: banheiro, você encontra um na sala ao lado do museu; bebedouro, me disseram que fica atrás da casa, porém não consegui encontrar.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui café e nem restaurante; com relação à loja, tem uma cristaleira no corredor que dá pro museu com alguns itens à venda, como medalhas, postais, chaveiros e fitinhas de nossa sra. da Glória.
Acessibilidade: limitada, o elevador do Plano Inclinado do Outeiro da Glória é acessível a pessoas com dificuldade de mobilidade, porém a rua é de paralelepípedo, o que torna mais difícil o acesso, além de um degrau entre a rua e o chão do prédio que dá acesso ao museu, que fica no térreo.
Áudio guia: Max fala inglês.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não tem guarda-volumes, até porque você pode entrar com tudo que estiver carregando.
Duração recomendada para a visita: Passei em torno de 1 hora lá dentro.
Estacionamento: não possui, mas existe estacionamentos no entorno da praça e na Rua do Russel, onde está localizada a ONG Viva Rio.
Máquina fotográfica: não pode fotografar lá dentro. As fotos internas do museu que estão blog foram enviadas pelo Max.
Ar condicionado: tem, e funciona na medida.
Após a visita ao Memorial Municipal Getúlio Vargas, almocei e segui em direção ao Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas, o museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.
Para chegar lá, peguei o elevador do plano inclinado do Outeiro da Glória, que fica de frente para a Praça onde se encontra o Memorial. Assim o elevador foi subindo, e eu ficando cada vez mais admirada com a vista que se abria diante de mim...e ficando boba, claro, pois sou fascinada por essa cidade e pelas paisagens que ela nos proporciona quando menos esperamos.
Quando cheguei, vi que o museu estava fechado e um senhor me informou que o rapaz que cuidava do museu estava na igreja, então aproveitei e dei um pulo na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Apesar de pequena por dentro, ela é muito charmosa, tem uns desenhos lindos nas laterais. Eu já tinha ido a um casamento lá, mas, como a igreja estava cheia, nem pude contemplar sua beleza - desta vez, foi mais tranquilo, pude sentar, rezar e sentir um pouco de sua energia e beleza. Acabei tirando algumas fotos para mostrar aqui.
Logo depois, comecei a visita ao museu. Chegando lá, paguei a entrada, recebi o folheto e vi que o museu era bem pequeno, mas com algumas coisas bem interessantes – por exemplo, o título de Imperial que a Irmandade recebeu no Segundo Império. Foi legal saber que outras igrejas também receberam este título, porém a única que o manteve até hoje foi a igreja do Outeiro da Glória, mesmo tendo sofrido hostilidades em vários momentos.
Ele também me contou sobre os dias atuais da irmandade: um dos últimos a se tornar irmão foi o atual secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório. Hildegard Angel também faz parte da irmandade. Ele me contou ainda que, pra fazer parte, você tem de ser convidado por alguém da irmandade e tem de pagar uma taxa anual.
Assim, posso dizer que o passeio é legal - principalmente se você puder juntar o conhecimento de mais um pouco da história do Rio com a vista que você tem lá de cima do Outeiro. Na volta, resolvi descer a Ladeira da Glória ao invés de descer o elevador do Plano Inclinado, pois, como diz a minha avó, “para baixo todo Santo ajuda, para cima é que a coisa muda”, né?
Beijins e bom passeio,
Tati.
Ficha Cadastral:
Local: Museu Provedor Mauro Ribeiro Viegas ou museu da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Data da Visita: 04/02/2014
Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135 - Térreo – Glória.
Telefone: (21)2557-4600/(21)2225-2869/(21)2265-9236
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Glória ou qualquer ônibus que passe pela Praça Luís de Camões ou até mesmo pela Rua do Russel – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de terça à sexta, de 9h às 12h e de 13h às 17h; sábado e domingo, de 9h às 12h; segunda fica fechado.
Visita Guiada: pode conversar com o Max que ele te auxilia na visita.
Preço da Entrada: R$ 2,00
Banheiros/bebedouros: banheiro, você encontra um na sala ao lado do museu; bebedouro, me disseram que fica atrás da casa, porém não consegui encontrar.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui café e nem restaurante; com relação à loja, tem uma cristaleira no corredor que dá pro museu com alguns itens à venda, como medalhas, postais, chaveiros e fitinhas de nossa sra. da Glória.
Acessibilidade: limitada, o elevador do Plano Inclinado do Outeiro da Glória é acessível a pessoas com dificuldade de mobilidade, porém a rua é de paralelepípedo, o que torna mais difícil o acesso, além de um degrau entre a rua e o chão do prédio que dá acesso ao museu, que fica no térreo.
Áudio guia: Max fala inglês.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não tem guarda-volumes, até porque você pode entrar com tudo que estiver carregando.
Duração recomendada para a visita: Passei em torno de 1 hora lá dentro.
Estacionamento: não possui, mas existe estacionamentos no entorno da praça e na Rua do Russel, onde está localizada a ONG Viva Rio.
Máquina fotográfica: não pode fotografar lá dentro. As fotos internas do museu que estão blog foram enviadas pelo Max.
Ar condicionado: tem, e funciona na medida.
achei essa igreja maravilhosa, principalmente seus azulejos.
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